Palpites

Uma coisa que incomoda muito é alguém falando o tempo todo em seu ouvido, dizendo o que você tem e o que não tem que fazer.

Às vezes, um conselhinho daqui, um palpitezinho dali é até bem-vindo, mas tudo tem limite!

Na maioria das vezes as pessoas tentam nos impor o querer delas, martelam tanto na nossa cabeça que, por vezes, ajimos sob pressão e nos arrependemos depois.

Isso acontece muito quando estamos educando nossos nossos filhos. Todos adoram se meter. E normalmente quem faz isso tem um filhinho rebelde ou nem filhos tem. Irônico, não?

Certa vez, minha mãe estava de resguardo do Péricles, e Taíse e eu éramos pequenas. Nós duas começamos a brigar, porque ela pegou meu caderno de escola. Então quem estava auxiliando minha mãe em seu resguardo começou a dizer que a professora iria falar mal da mãe se eu chegasse ao colégio com o caderno rasgado ou coisa assim. Essa pessoa fez tanta pressionou tanto à minha mãe que ela quase quebrou (ou quebrou, sei lá) o resguardo. Ela diz que foi para bater na gente e de repente sua cabeça começou a doer como se estivesse abrindo por cima.

Comigo aconteceu que eu determinei aleitamento materno exclusivo para minha filha até seis meses. Eu consegui! Não cedi às pressões, que não foram poucas. Me mandavam dar chazinho, mamadeira, chupeta, enfim. O que eu fiz? Não dei ouvidos. Ora eu até batia um pouco de frente, ora eu finjia que concordava para não dar assunto, mas entrava por um ouvido e saia pelo outro.